domingo, 13 de maio de 2007

Verdadeira alegria

Deus supre as necessidades do seu povo. Foi assim no Antigo Testamento, é assim hoje e sempre será. Mas a provisão de Deus não pode ser a motivação principal do nosso relacionamento com o Pai.

Recorremos, quase sempre, a Ele nos momentos de perturbação emocional, de insuficiência de saldo bancário e de dificuldades nos relacionamentos interpessoais.

De fato, isso é mto bom, pois Ele é o nosso provedor. Demandamos necessidades o tempo todo. Desde a hora que acordamos até o momento que nos envolve de novo no sono. Desde o primeiro fôlego de vida até o nosso último suspiro. E são necessidades de toda ordem: materiais, afetivas, presentes e futuras, urgentes e até supérfluas.

Como é confortante saber que Deus é nosso provedor e supre cada uma delas. E haja provisão para isso. Mas Ele é Deus e cuida de nós.

Muitos até aproveitam a companhia de Deus para colher sábios conselhos que lhes dirijam os passos a fim de não precisarem passar por necessidades. Isso é muito válido, mas também é uma necessidade de termos estabildade e reservas (de toda ordem) na vida.

Porém, há pessoas que não precisam recorrer diariamente a Deus para terem supridas suas faltas. Elas tem um volumoso saldo bancário, família estruturada, amigos sempre presentes, trabalho equilibrado e produtivo, comida farta e saborosa. Mal sabem eles que tudo isso vem de Deus. Mas eles administram bem os recursos que recebem, o que torna legítima a tranquilidade de viver bem.

O fato é que a bíblia diz que todos, inclusive os mais abastados, precisam da glória e da graça de Deus.

A questão é: como explicar isso para quem não experimenta escassez se insistimos em apresentar Deus como provedor? Como elucidar a uma família rica e feliz que ela depende inteiramente de Deus? Eles tem muito mais do que consideram necessário para viver, por isso pode não colar o discurso de que o Senhor é nosso pastor nada nos faltará. Além disso, eles não gostariam de ter o mesmo Deus de algumas pessoas desequilibradas e, às vezes, antipáticas, as quais elas conhecem como "crentes". Conheço algumas famílias assim.

Quem nunca ouviu o testemunho de alguém que não tinha nada, era falido ou desempregado, separado ou solitário e nervoso, mas depois que conheceu o evangelho se tornou uma pessoa feliz e próspera. Isso é muito bom e é verdade, mas não é a essência do evangelho de Cristo.

O que queremos dizer é que Deus supre nossas necessidades, mas também nos dá plena satisfação e contentamento pela alegria e segurança de nos relacionarmos com um Deus soberano e amoroso.

Temos que cuidar para que a igreja não apresente o Senhor somente como provedor. A provisão de nossas necessidades básicas é uma consequência de uma vida com senso de propósito e que reconhece a Soberania do Criador. E por isso, nos alegramos, independente da situação que vivemos, pois sabemos que o Senhor fará como lhe apraz. E quanto mais conhecemos Seu caráter, mais nos tranquilzamos em saber que Ele nos dará condições de viver em paz e do modo como realmente importa.

E pra isso, temos que nos satisfazer em Deus para que nosso discurso não seja afastado da realidade de um Deus que satisfaz os desejos do nosso coração quando nos agradamos dEle e que nos ensina o que é vida abundante. Isso sim...todos precisam!