sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Porque sou cristão?

Porque sou cristão?

Toda pessoa precisa responder essa pergunta antes de afirmar ser cristão.

Eu afirmo ser cristão e por isso não posso me furtar de respondê-la.

Ser cristão, como o próprio termo diz, é ser discípulo de Jesus Cristo. Não é apenas conhecer e admirar seus ensinos, mas é seguí-lo, fazendo aquilo que vemos nosso Mestre fazer. Não é nada simples, porque seus seguidores terão que amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmos. Foi isso que Cristo fez o tempo todo. Nada fácil, mas é possível, pois temos um Mestre que nos ensina e nos inspira pessoalmente a cada dia.

Ser cristão é ser servo de Jesus Cristo. Quantas pessoas hoje, que se dizem cristãs, se esquecem do Senhorio de Cristo. Isso mesmo! O cristão aceita com alegria servir ao seu Senhor, porque entende que só Cristo, e ninguém mais, pode nos guiar de modo a agradarmos a Deus numa vida de serviço e amor ao próximo. Se obedecermos a Cristo, além de agradar a Deus (que é o principal), colheremos saborosos frutos em nossas vidas. Verdadeira felicidade nada mais é do que temer a Deus e fazer Sua vontade! Ele nos dá paz e sabedoria a cada dia. Obedecer a Deus é o melhor!

Não podemos ser hipócritas. Temos que reconhecer que é muito difícil. Na verdade, é impossível para nós conhecermos a vontade de Deus e obedecê-lo. Todos nós somos muito limitados em nossa visão e só enxergamos nossos interesses. Mas o impossível para o ser humano, é possível para Deus. E é por isso que: ...

...Ser cristão é ser salvo por Jesus Cristo. Salvação não é só algo que se queira, mas é algo que se precisa urgentemente. Uma pessoa se afogando, não só quer, mas precisa de resgate. Todo ser humano, não importa em que lugar da terra ele viva ou viveu, está perdido e é incapaz de olhar pra cima e ver a poderosa e amorosa mão de Deus estendida pra nos resgatar. Talvez, não vemos porque estamos muito ocupados, lutando pela nossa sobrevivência, trabalhando o dia inteiro. O fato é que caminhamos a passos largos para a morte.

Mas a história não termina assim. Deus enviou seu único filho para nos resgatar. Cristo veio como homem, se manifestou na história da humanidade e mudou o nosso final. Realmente, Jesus morreu, mas Ele morreu a morte destinada a nós. Como alguém que se joga na frente do tiro para salvar outra pessoa. Porém, nem a nossa morte o deteve. Ele ressucitou (é historicamente evidente). E essa é a prova de que podemos ter vida eterna em Deus. A morte que estava destinada a nós foi vencida por Jesus Cristo. Ninguém pode negar. E, por isso, temos a certeza de que somos salvos.

E só porque Ele nos salvou, hoje conseguimos obedecê-lo (nosso Senhor); e queremos e conseguimos seguir os passos de Jesus (nosso Mestre). Aceitar Jesus é o mesmo que estar se afogando e ser resgatado por um barco salva-vida. É ser tirado da fúria do mar e descansar em terra firme e tranqüila. Rejeitar Jesus é sucumbir à força das águas, é se entregar e naufragar. Ser cristão é ser tirado da fúria do mar de pecados, que nos sucumbe, e ser transportado, em segurança, para a terra firme e tranqüila da vontade de Deus.

Pode ser difícil acreditar na salvação do homem, quando quem está dizendo que ela existe é um homem pecador, falho, covarde e errante como eu. De fato, eu ainda não cheguei em terra firme, e estou sendo retirado desse mar de pecados, ofensas e de vontade própria. Mas no dia em que o resgate se completar e eu for retirado desse mar, que nos afoga, estaremos em terra firme, estaremos com Deus. Ser cristão não é ser pecador lutando pra ser salvo, mas é ser salvo lutando contra o pecado. Estamos fracos, mas Cristo e Sua força completará o resgate.

Há 2 mil anos atrás, Jesus chamava seus discípulos na região da Galiléia. Hoje, dia 22 de dezembro de 2007, Ele continua chamando, aqui no Brasil, e em todas as partes do planeta. Eu sou capaz de morrer, se preciso for, pra provar que eu ouvi Ele me chamando.

E você, tem ouvido Ele te chamar?

Se Cristo não for Mestre, Senhor e Salvador de sua vida, não se diga cristão. Há outras pessoas precisando ser salvas. Não as confunda.

Um cristão vive seguindo, servindo e louvando a Deus pela salvação que o alcançou.

Todo ser humano se intimida ou se fascina com o mundo espiritual. E, querendo conhecê-lo cada vez mais, passam a vida batendo cabeça atrás de doutrinas humanas ou demoníacas. Todo conhecimento espiritual que Deus quer que a gente tenha, Ele revelou em Jesus Cristo. Se quisermos conhecer a Deus, basta conhecermos a Jesus. A verdade, que tanto buscamos, não é simples como um conceito. Mas também não é fragmentada, instável e escorregadia como a filosofia. A verdade é real como uma pessoa. A verdade é única, acessível, complexa e concreta. A verdade é a pessoa de Jesus Cristo. Ele é o Filho de Deus. Todos os fatos e épocas apontam para Cristo como o Senhor da História da Humanidade.

Porque sou Cristão? Se cada um conseguir responder essa pergunta para si mesmo, saberemos responder para todos qual é a alegria e esperança de ser cristão. O chamado é pessoal. Essa resposta também é pessoal. Mas não deixe de respondê-la. Busque essa resposta. Fará muito bem à sua fé, porque, certamente, essa resposta encontrará a Cristo, o Filho de Deus, dentro do seu coração.

A maior honra do homem é ser um verdadeiro cristão!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Espera(nça)


Esperar é tarefa difícil! Digo tarefa porque é uma atitude ativa, que requer zelo; não é passiva e inerte.

Esperamos nossa vez na fila; esperamos uma resposta; esperamos concretizar nossos projetos; esperamos por um emprego; esperamos a visita de um amigo; esperamos a hora de encontrar a namorada; esperamos um ente querido. Isso tudo exige atenção e dedicação ao que esperamos.

Às vezes, a espera não compensa e desistimos. Porém, uma espera pode ser tão almejada que se transforma em verdadeira esperança, que norteia nossa vida.

Assim, o modo como esperamos influencia e revela nosso caráter. No tempo de espera (ô tempo difícil), podemos nos tornar impacientes e nervosos. Ou podemos ser pacientes, tranqüilos e até amorosos se, realmente, almejarmos e confiarmos no que se espera.

Portanto, é um tempo igualmente importante, porque nos forma o caráter e revela nossa motivação. Devemos saber o que e porque estamos esperando. Nossos pensamentos, atitudes e orações, na época de espera, são muito decisivos.

Por isso, devemos aproveitar o tempo de espera! Podemos crescer muito nesse tempo e, principalmente, podemos provar o que esperamos. Provar no sentido de verificar se vale a pena e, também, no sentido de se alegrar quando percebermos que temos uma esperança - por exemplo, se provarmos um doce que nunca comemos, primeiro sentimos o gosto, depois, se for realmente gostoso, nos satisfazemos nessa degustação.

E como é triste viver sem esperança, esperando apenas a ordem cronológica da vida. Como é frustrante ter uma esperança passageira, ou que não satisfaz.

Penso em muitos jovens, meus amigos, colegas e conhecidos, que depositam sua esperança na "balada". Querem aproveitar ao máximo a "night" e afirmam que esses são os melhores momentos da vida. Mas, no fundo, sabem que a festa acaba, e logo vão precisar de outra festa e de mais cerveja pra se divertir. E quando a música acaba e as pessoas vão embora, nem o sol do dia seguinte consegue aquecer o coração gelado de quem tem uma alegria passageira. É verdade, que sempre terá outra festa e sempre terá mais diversão (ou não), e assim, as pessoas vão enganando a si mesmas, porque não sabem ou não conseguem reconhecer que são insatisfeitas, e vão dependendo de alegrias passageiras pra viver, trocando-as por outras mais fugazes ainda. Diversão é muito importante (enquanto vivida com responsabilidade), mas não pode ser nossa única esperança.

Lembro-me da história de um senhor, já idoso, que guardava uma grande esperança. Esperava ver, ainda em vida, aquele que viria para salvar o povo judeu. Deus havia prometido o Salvador. Deus também havia dito a esse senhor, chamado Simeão, "que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor". E não é que um dia, enquanto Simeão estava no templo, chegam José e Maria para apresentarem seu filho, recém-nascido, como era o costume? E Simeão estava lá, atento e dedicado em sua esperança. Tento imaginar a alegria desse homem. Seus olhos viam o que Deus havia prometido. Durante muito tempo (provavelmente a maior parte da sua vida), Simeão sabia que valia a pena esperar e morreu certo disso. E, como sabemos, aquele menino, chamado Jesus, veio a se tornar a Salvador do mundo, o "Cristo do Senhor". (Leia evangelho segundo Lucas 2: 22 a 35)

Não há palavra melhor para definir a vida cristã do que "esperança". Na caminhada cristã, pode-se provar o que se espera, no sentido de ver se vale a pena e no sentido de desfrutar de uma alegria eterna, totalmente confiável e que satisfaz plenamente.

O cristão espera ser igual a Cristo. Espera o dia em que Cristo voltará para buscar aqueles que nEle creram. Muitas pessoas no mundo não sabem disso, não conhecem nossa esperança. Até alguns "cristãos" se esquecem de sua verdadeira esperança.

A esperança produz preparação, paciência, força, confiança e alegria. Isso é mais do que suficiente para suportarmos as dificuldades e tribulações desta vida.

Realmente, a caminhada cristã revela mais sofrimento do que triunfo. Mas o cristão tem sua esperança viva e o tempo de espera terminará, no momento certo, quando estivermos preparados. Cristo virá dos céus, com toda a glória dAquele que prometeu e que não nos deixará esperar em vão. Não tardará - porque se julgamos demorar, isso ocorre pela misericórdia de Deus, que deseja que mais pessoas cheguem ao arrependimento e obtenham a grande e viva esperança em Cristo. Temos que estar prontos para responder a todos qual é a razão da esperança que temos.

Por mais absurdo que pareça. Por mais que a gente não veja. Ninguém espera o que vê. Esperamos o que não vemos. Mas chegará o dia, porque quem prometeu é fiel. Ninguém espera o que sabe que não vai chegar. O cristão espera porque sabe que Cristo virá e não tardará.

Poucos querem esperar em Deus a volta de Cristo. O mundo prefere apoiar-se em alegrias passageiras ou em algo mais científico do que a fé em Cristo. Somos livres para escolher qual é a nossa esperança.

Podemos esperar por Cristo. Podemos desistir no meio do caminho, ou podemos esperar até o fim. Ele virá buscar os que estiverem esperando. Que doce esperança!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Desabafo

Existe uma regra geral nos relacionamentos interpessoais: quanto maior a confiança depositada, mais terrível é a traição.

Assim, por exemplo, se não comparecermos a um compromisso corriqueiro, como uma consulta médica, não causará grande decepção.

Trair o cônjuge parece ser mais sério.

Destacamos a corrupção (até então escusa, mas cada vez mais desmascarada), protagonizada por políticos, aos quais confiamos o nosso voto e que deveriam perquirir o interesse público, mas aproveitam a máquina estatal para se favorecerem pessoalmente. Tal traição parece ser digna de maior repreensão social, atualmente.

O que dizer, então, de mães que jogam seu próprio filho, recém nascido e totalmente indefeso, em uma lagoa e até em córregos, como se estivessem se desfazendo de um saco de lixo?

Esses relatos são reais, atuais e revoltantes. Porém, devido à frieza da nossa época e aos baixos padrões morais da sociedade brasileira, nós nos acostumamos com as notícias que, outrora, nos chocaram.

Pode parecer absurdo afirmar que nos acostumamos com essas traições, mas podemos lembrar, ilustrativamente, que, no início do século XX, ou seja, a pouco tempo atrás, o adultério tinha grande reprovação social e era punido como crime previsto no código penal brasileiro. Hoje, esse crime se revestiu de insignificância e de "adequação social" e ainda afirmamos que isso ocorreu porque "evoluímos" socialmente.

Apesar de lamentarmos uma notícia sobre atos políticos de corrupção e até nos revoltarmos, logo aproveitamos esses fatos para pensarmos que somos melhores do que esses corruptos porque não somos tão desonestos a ponto de realizarmos tais práticas. Ledo engano. Estamos enganando a nós mesmos quando nos julgamos superiores aos outros, sendo que se estivéssemos na mesma situação, certamente, teríamos as mesmas atitudes corruptas.

Há até quem justifique a atitude da mãe, que matou seu filho ao jogá-lo em um córrego, no fato de ser essa mãe vítima da sociedade, cada vez mais desigual e excludente.

Como somos podres, dominados por pensamos insanos!

A (grande) maioria dos brasileiros não consegue detectar a origem dos nossos problemas. Pensamos ser vítimas da falta de um sistema educacional forte ou da falta de distribuição de renda.

Podemos ter os melhores índices educacionais do mundo e reduzir bruscamente as desigualdades sociais que, apesar disse ser muito bom, mesmo assim teremos outros problemas ou problemas ainda maiores. Ocultamos a verdadeira causa dos nossos conflitos individuais e sociais. Não queremos assumir nossa natureza egoísta porque queremos, deliberadamente, estar no controle e no centro de nossa vida e sempre satisfazer nossas vontades.

É por isso que sofremos essa extensa crise de padrões morais. É por isso que temos uma juventude perdida e hedonista. É por isso que temos um presidente do Senado (que poderia ser qualquer um de nós) incapaz de reconhecer seus erros, porque quer defender seu mandato e seus interesses.

A traição quer sempre se manter oculta, porque considera mais importante a reputação do que a reconciliação.

Cada um de nós é culpado porque protagonizamos a maior traição da história. Traição que nos impõe terríveis conseqüências diariamente.

Trocamos o nosso relacionamento seguro, confiável e baseado no amor, que tínhamos com Deus para nos prostituirmos com ídolos passageiros. Trocamos a fonte de vida porque queremos satisfazer o nosso ego e colocá-lo no controle da nossa história. E ainda achamos bonito e evoluído sermos auto-suficientes e pensarmos que podemos ser independentes de Deus.

Se não reconhecermos nossos erros e nossa ignorância e implorarmos para que Deus dirija nossas vidas, já estamos fadados à destruição.

É possível nos reconciliarmos com Deus! Por mais absurdo, desnecessário e ultrapassado que isso lhe pareça.

Nós nos afastamos de Deus. Mas, através de Jesus Cristo podemos reconhecer onde erramos e nos aproximarmos de Deus. Essa é a grande notícia do evangelho! Jesus sofreu por nós tudo que estávamos sujeitos a sofrer por causa da nossa traição.

Não precisamos esconder nossos erros com discrição. Chega de se preocupar com nossa reputação. Chega de buscarmos nossos interesses egoístas.

Todos nós falhamos e pecamos! Só Jesus, e unicamente Ele, foge a essa regra.

Não é mais o simples pecado que impede de nos reconciliarmos com Deus, mas é o pecado ocultado e tolerado que nos destroem. Se pecado fosse uma característica exclusivamente sua, até justificaria querer escondê-lo. Mas é naturalmente inerente à condição humana. Aceite essa verdade.

Por mais "bonzinho" que você se considere ser, você está muito aquém dos padrões de Deus. Se reconhecermos isso, saberemos valorizar o grande favor de Deus, em Jesus. Deus quer nos dar seu Espírito, que nos purifica. Mas sem o Espírito Santo de Deus, já estamos entregues a toda sorte de impureza.

Se acreditarmos em Jesus e em sua única e revolucionária mensagem de reconciliação (por mais humilhante que seja para nós), não seremos culpados, mas perdoados! Não conhecemos essa lógica porque sabemos que se alguém erra, deve pagar por isso e seria injusto se não fosse assim. Mas esquecemos que Jesus pagou esse tão alto preço por nossos pecados (pecado é pecado – transgressão da vontade perfeita e soberana de Deus - e é assim que deve ser tratado). Por isso Jesus é a nossa justiça e o nosso perdão.

Não tenhamos vergonha de expor nossos pecados (frutos do nosso autogoverno). Vamos expô-lo publicamente para que o mundo saiba que, em Jesus, Deus existe, sempre nos amou, nos perdoa e seus padrões continuam imutáveis.

Provavelmente você já sabe isso tudo e não precisava ouvir novamente. Mas o óbvio deve ser dito e repetido, pra jamais ser esquecido. Obrigado por ouvir esse desabafo. Realmente é difícil ficar calado diante da minha situação pessoal e da situação do meu país.

É possível nos reconciliarmos com Deus através de Jesus Cristo. O grande problema é reconhecermos que precisamos fazer isso, urgentemente. Enquanto não assumirmos nossos pecados e a sujeira da nossa nação, pregar o evangelho da reconciliação será como lançar pérolas aos porcos.

"Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado contra Ele." Dn 9:9

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Informação vale ouro

Você já ouviu falar que "informação vale ouro"? E é verdade. A pessoa bem informada sai na frente, não perde tempo, encurta o caminho percorrido e vai direto ao alvo.

Uma pessoa perdida em uma cidade desconhecida precisa de informação. Um desempregado deve se informar das oportunidades de emprego disponíveis. Um bom investidor se informa sobre os riscos do investimento.

Por isso, ninguém em sã consciência, despreza uma boa informação.

Mas é necessário ser cauteloso. Há informações falsas, incertas e até aquelas que, após alguns dias, já estão desatualizadas.

Uma boa notícia nos informa sobre um fato e nos revela seus reflexos.

O fato mais previsível e concreto que temos notícia é a morte. Não a morte de vítimas e acidentados que, diariamente, ouvimos nos noticiários. Mas a sua morte.

Triste, mas real. Triste realidade que deve ser informada. Realmente o homem não está preparado para morrer, porque não foi criado para isso. Tristemente nos deparamos com a morte todos os dias.

Se alguém descobrisse como evitar a morte, ficaria rico. Imagine com que entusiasmo os noticiários veiculariam o fim da morte. Que grande e revolucionária notícia confortante! Provavelmente, essa tecnologia seria muito cara e para poucos.

Entretanto, essa notícia seria sempre atual e empolgante. Jamais seria esquecida.

Seria entregue às próximas gerações com todo zelo e urgência para evitar mais mortes. O avanço tecnológico do último século cuidaria de levar a grande notícia a todas às nações em velocidade virtual. Ou melhor, uma notícia desse porte deve ser dada pessoalmente. As famílias preparariam seus filhos para recebê-la com todo convencimento e esperança.

Em apenas um dia, o mundo todo saberia que a morte acabou. Mas ainda esperamos por essa notícia. Certo?

Errado! Já temos a maior e melhor notícia do mundo: a morte acabou e a vida eterna está disponível para todos gratuitamente!!!!!! E coloca exclamação nisso!

Jesus Cristo deu a notícia em primeira mão: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida." João 5:24

Já temos a notícia, já temos meios para divulgá-la. Porque eu não a ouço nos noticiários? O que nos falta então? Acreditar?

Exatamente. O que nos falta é fé. Nada tecnológico. Esse é o "remédio". Mas não é qualquer fé. É a fé em Cristo. Fé na vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo e em sua promessa. Se baseia no que esperamos e não naquilo que vemos.

E não custa nada. É a graça de Deus que não só nos livra da morte, mas também nos dá a vida eterna de paz, alegria e justiça.

Essa é a maior, sempre atual e urgente notícia que deve ser divulgada. Jesus Cristo acabou com a morte e fornece vida eterna a todos que que queiram. Quanto custa? Nada. Basta acreditar Nele.

É historicamente evidente que essa notícia é verdadeira. Podemos confiar. Podemos comemorar e divulgar!!! Não perca tempo. Aceite essa verdade imutável e confiável. Depois conte pra todo mundo. Fale do seu jeito, mas fale. Nós chamamos isso de salvação. Chame como quiser. Acreditem em você ou não. É a verdade! Não a verdade relativa dos homens, mas a verdade absoluta de Deus!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Como dizer?

Temos tanto a dizer e temos que confessar que, às vezes, não sabemos como.

Domingo passado, no caminho para a igreja, encontrei um senhor muito simpático na rua, que me perguntou se eu estava indo à igreja (deve ter deduzido isso ao ver a bíblia na minha mão). Trocamos algumas palavras e resolvemos ir à igreja juntos. Ele está na cidade procurando algumas oportunidades de emprego. Realmente, um senhor muito simpático. Aliás, ele se recusa a ser chamado de senhor. Apesar de ter meia-idade, ele tem o espírito jovem.

No final daquela manhã, eu queria muito indicar um bom emprego para ele. Porém, eu sabia onde. Mas ele tem um bom currículo e logo estará empregado.

Formei no início do ano, e da mesma forma que eu, tenho colegas que almejam um cargo público. Se eu pudesse facilitar esse desafio de passar em um concurso, eu o faria.

Tenho alguns amigos que desabafam comigo seus conflitos amorosos. Eu gostaria muito de lhes dar um conselho correto, que aliviasse a tristeza e ensinasse algo importante, respeitando a fragilidade do momento.

Tenho alguns familiares que passam por dificuldades financeiras e outros que sempre viveram de modo muito simples. Se eu já estivesse trabalhando, tentaria dividir um pouco com eles.

Infelizmente, não posso ajudar as pessoas como eu gostaria. Mas isso não me impede de tentar. Se não nos atentarmos para a necessidade dos mais próximos, ficará ainda mais difícil ajudarmos um faminto desconhecido na rua.

O evangelho de Jesus me inspira a ajudar. Ele fez tanto por nós, mesmo não recebendo nada em troca. Eu gostaria de ajudar as pessoas em suas necessidades, mas, principalmente, eu gostaria que elas tivessem um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, de modo que aprendam com seu estilo de vida, a fim de agradarem a Deus numa vida de serviço e amor ao próximo.

Realmente é melhor dar do que receber. E eu faço tão pouco pelos outros. Meu desejo é poder trabalhar para sustentar a mim e minha família e para ter como acudir quem precisa. Falando assim, até parece que sou muito bom. Pelo contrário, eu sou muito egoísta. Mas, aprendo isso com Jesus.

Tomara que eu consiga viver assim. Atento às necessidades do meu próximo. Não para conseguir algo em troca, mas para viver como Jesus. Só pelo prazer de ajudar.

Sei que será muito difícil. Conheço meu egoísmo e minhas limitações. Mas vou tentar. Quero muito que as pessoas ouçam o que um dia me falaram. Talvez - pensando mais nos outros - talvez essa seja a forma de acreditarem no que parece "inacreditável": a realidade do amor de Deus por nós. Como eu queria que isso não soasse como religiosidade!

Meu desejo é dizer para todos a respeito do nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo Jesus. Conhecer isso é a maior necessidade dos homens. Mas como explicar? Como dizer?

Quem sabe se eu tentar viver como Jesus, ajudando as pessoas em suas necessidades, eu consiga transmitir para meus colegas, amigos e familiares essa grande mensagem, que, às vezes, fica tão difícil e até desnecessário colocar em palavras.

Como já dizia Santo Agostinho:"Anuncie Jesus a todo tempo; se preciso, use palavras."

domingo, 13 de maio de 2007

Verdadeira alegria

Deus supre as necessidades do seu povo. Foi assim no Antigo Testamento, é assim hoje e sempre será. Mas a provisão de Deus não pode ser a motivação principal do nosso relacionamento com o Pai.

Recorremos, quase sempre, a Ele nos momentos de perturbação emocional, de insuficiência de saldo bancário e de dificuldades nos relacionamentos interpessoais.

De fato, isso é mto bom, pois Ele é o nosso provedor. Demandamos necessidades o tempo todo. Desde a hora que acordamos até o momento que nos envolve de novo no sono. Desde o primeiro fôlego de vida até o nosso último suspiro. E são necessidades de toda ordem: materiais, afetivas, presentes e futuras, urgentes e até supérfluas.

Como é confortante saber que Deus é nosso provedor e supre cada uma delas. E haja provisão para isso. Mas Ele é Deus e cuida de nós.

Muitos até aproveitam a companhia de Deus para colher sábios conselhos que lhes dirijam os passos a fim de não precisarem passar por necessidades. Isso é muito válido, mas também é uma necessidade de termos estabildade e reservas (de toda ordem) na vida.

Porém, há pessoas que não precisam recorrer diariamente a Deus para terem supridas suas faltas. Elas tem um volumoso saldo bancário, família estruturada, amigos sempre presentes, trabalho equilibrado e produtivo, comida farta e saborosa. Mal sabem eles que tudo isso vem de Deus. Mas eles administram bem os recursos que recebem, o que torna legítima a tranquilidade de viver bem.

O fato é que a bíblia diz que todos, inclusive os mais abastados, precisam da glória e da graça de Deus.

A questão é: como explicar isso para quem não experimenta escassez se insistimos em apresentar Deus como provedor? Como elucidar a uma família rica e feliz que ela depende inteiramente de Deus? Eles tem muito mais do que consideram necessário para viver, por isso pode não colar o discurso de que o Senhor é nosso pastor nada nos faltará. Além disso, eles não gostariam de ter o mesmo Deus de algumas pessoas desequilibradas e, às vezes, antipáticas, as quais elas conhecem como "crentes". Conheço algumas famílias assim.

Quem nunca ouviu o testemunho de alguém que não tinha nada, era falido ou desempregado, separado ou solitário e nervoso, mas depois que conheceu o evangelho se tornou uma pessoa feliz e próspera. Isso é muito bom e é verdade, mas não é a essência do evangelho de Cristo.

O que queremos dizer é que Deus supre nossas necessidades, mas também nos dá plena satisfação e contentamento pela alegria e segurança de nos relacionarmos com um Deus soberano e amoroso.

Temos que cuidar para que a igreja não apresente o Senhor somente como provedor. A provisão de nossas necessidades básicas é uma consequência de uma vida com senso de propósito e que reconhece a Soberania do Criador. E por isso, nos alegramos, independente da situação que vivemos, pois sabemos que o Senhor fará como lhe apraz. E quanto mais conhecemos Seu caráter, mais nos tranquilzamos em saber que Ele nos dará condições de viver em paz e do modo como realmente importa.

E pra isso, temos que nos satisfazer em Deus para que nosso discurso não seja afastado da realidade de um Deus que satisfaz os desejos do nosso coração quando nos agradamos dEle e que nos ensina o que é vida abundante. Isso sim...todos precisam!

sábado, 28 de abril de 2007

Estranha leveza

Hoje acordei leve como uma folha em branco. Em branco porque não havia nem o peso das palavras (que geralmente pesam muito).

Estranha leveza para quem, na noite anterior, estava angustiado por assuntos pendentes, sufocado por demandas crescentes e aflito por soluções urgentes.

Como explicar tamanha tranquilidade de quem está comprimido pela pressão intrinsicamente diluída no cotidiano?

Provavelmente porque pertubações individuais e sociais se resolveram como a noite se resolve em dia. Mas não!!! Geralmente, as equações da vida não se resolvem instantaneamente, mas em um processo gradativo de investimentos, renúncias, decisões e esperas.

Então, a referida paz de espírito seria uma ilusão? Uma simulação mental que gera fuga da realidade?

A realidade é que as situações adversas e incertas permanecem, mas não mais produzem apreensão. Isso porque confio no zelo de Deus por minha vida. É como saber que acima das nuvens escuras o sol continua radiante, que após a tempestade, sempre vem a bonança.

Mas não seria melhor se não houvesse tempestade? Não evitaria tormenta? Porém, esquecemos que a chuva tem que regar a terra e encher os reservatórios e que a fúria do mar aprimora as habilidades dos navegadores.

Nós também temos que crescer. Quem não quer dar orgulho aos pais? Quem não quer ser um amigo agradável e divertido; um irmão compreensivo e motivador; um membro edificante da igreja; um porto seguro e carinhoso para a namorada; um eficiente e próspero trabalhador?????

Podemos ser, apesar da fragilidade financeira, do descompasso nas relacionamentos, da ociosidade ou sobrecarga, se soubermos que o processo é gradativo e requer sábios investimentos, renúncias, decisões, esforços e esperas.

Assim, devemos tomar o remo nas mãos, encarar cada problema (sem fugir) com mansidão e sabedoria, da forma com que a vida nos possibilita.

Possibilidades, caminhos e soluções não surgem juntos com o amanhecer. Mas há um renovo que nos dá percepção, forças, e iniciativa para agir. Esse renovo sim...(e não é mero descanso físico e mental)nasce em nós sempre que a manhã anuncia o novo dia.

Como é bom e real saber que acima das incertezas circunstanciais, o sol continua radiante e virá com a bonança. Saber disso deixa a vida leve e essa estranha leveza passa a ser comum a quem sabe em quem está sua confiança.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Em busca de (o) propósito

Pra que serve um relógio, senão para registrar e informar as horas? Pra que serve um martelo, senão para cravar pregos ou quebrar algo? Pra que? E se o relógio fosse usado para pregar; ou o martelo para marcar as horas? Como é inútil sair (ou fugir) do propósito para o qual fomos originados!

Sabemos, ou um dia descobriremos, que recebemos dons e talentos que devem ser usados para um fim proveitoso. Geralmente estão relacionados com nossas habilidades mais aguçadas: falar eloqüente, cantar afinado, artesanato minucioso...
Quem nunca ouviu que deve fazer o gosta e gostar do que faz? Isso faz sentido! Mas será que o fim principal de nosso trabalho é a satisfação e os benefícios que obtenho com as tarefas que realizo?

Percebo que a pluralidade de profissões e ofícios torna a sociedade mais solidária, uma vez que ninguém realiza tudo que precisa, e, assim, todos carecem de serviços e produtos oferecidos por outros, conforme a necessidade e conveniência. Assim, podemos ser úteis uns aos outros. Mas tal constatação ainda não é suficiente para me aquietar, mesmo sabendo que podemos ser úteis a outras pessoas.

Essas dúvidas e buscas me assediam nesse (meu) momento em que conclui um curso superior.

Ideais e sonhos profissionais se confrontam com a falta de recursos e de emprego, desigualdade e exclusão sociais. Até aqui, nenhuma novidade! Mas sei que fui criado com um propósito determinado pelo autor da minha vida, pra que eu o buscasse com meus passos e o cumprisse (parece Matrix, mas é algo mais complexo ainda...rs). Às vezes, preferiria permanecer na ignorância e deixar a vida rolar a ser assolado por tantas dúvidas que o conhecimento nos sugere de modo provocante.

Porém, sem desfalecer, continuo minha busca pelo propósito da minha vida. Mesmo sendo simples e pequeno aos nossos olhos, tenho o firme objetivo de descobri-lo e cumpri-lo. E qual pergunta fazer senão: como eu posso conhecê-lo?
Idéias, vontades e frustrações não faltam em minha mente e coração nesse momento de realização (formatura).

As mais variadas e legítimas possibilidades profissionais, embora distantes (ou não), bombardeiam meus planos: desde a iniciativa privada da economia paulista até a estabilidade de um cargo público em uma pequena cidade, passando pela hipótese de permanecer na boa e velha Juiz de Fora...todas me atraem. Muitos caminhos, mapas, ventos e fumaças tentam me desviar ou direcionar para o propósito da minha vida.

Entre tantas sombras, a maior e reluzente convicção se fixa, dissipando toda escuridão: Deus há de cumprir o propósito que determinou para minha simples, vaidosa, acomodada e sedenta vida. E, apesar de mim, SEI que há de cumpri-lo.

Realmente, não conheço os detalhes de meu futuro, o que me deixaria inseguro se não fosse a crescente certeza e convicção (também chamadas de “fé”) de que meu futuro está guardado e determinado e é bom, perfeito e agradável.

Não terei utilidade nenhuma, por mais gloriosas que sejam minhas realizações, se eu não for ao encontro do futuro, que já começou e me foi proposto nesse Reino. Como conhecê-lo? Vou seguindo...buscando, pois ouço cada vez mais a voz dAquele que o determinou e é o maior interessado em me revelá-lo.

Thiago Barbosa Nunes

Deus, leva-nos onde podemos ouvir tua voz!