terça-feira, 17 de abril de 2007

Em busca de (o) propósito

Pra que serve um relógio, senão para registrar e informar as horas? Pra que serve um martelo, senão para cravar pregos ou quebrar algo? Pra que? E se o relógio fosse usado para pregar; ou o martelo para marcar as horas? Como é inútil sair (ou fugir) do propósito para o qual fomos originados!

Sabemos, ou um dia descobriremos, que recebemos dons e talentos que devem ser usados para um fim proveitoso. Geralmente estão relacionados com nossas habilidades mais aguçadas: falar eloqüente, cantar afinado, artesanato minucioso...
Quem nunca ouviu que deve fazer o gosta e gostar do que faz? Isso faz sentido! Mas será que o fim principal de nosso trabalho é a satisfação e os benefícios que obtenho com as tarefas que realizo?

Percebo que a pluralidade de profissões e ofícios torna a sociedade mais solidária, uma vez que ninguém realiza tudo que precisa, e, assim, todos carecem de serviços e produtos oferecidos por outros, conforme a necessidade e conveniência. Assim, podemos ser úteis uns aos outros. Mas tal constatação ainda não é suficiente para me aquietar, mesmo sabendo que podemos ser úteis a outras pessoas.

Essas dúvidas e buscas me assediam nesse (meu) momento em que conclui um curso superior.

Ideais e sonhos profissionais se confrontam com a falta de recursos e de emprego, desigualdade e exclusão sociais. Até aqui, nenhuma novidade! Mas sei que fui criado com um propósito determinado pelo autor da minha vida, pra que eu o buscasse com meus passos e o cumprisse (parece Matrix, mas é algo mais complexo ainda...rs). Às vezes, preferiria permanecer na ignorância e deixar a vida rolar a ser assolado por tantas dúvidas que o conhecimento nos sugere de modo provocante.

Porém, sem desfalecer, continuo minha busca pelo propósito da minha vida. Mesmo sendo simples e pequeno aos nossos olhos, tenho o firme objetivo de descobri-lo e cumpri-lo. E qual pergunta fazer senão: como eu posso conhecê-lo?
Idéias, vontades e frustrações não faltam em minha mente e coração nesse momento de realização (formatura).

As mais variadas e legítimas possibilidades profissionais, embora distantes (ou não), bombardeiam meus planos: desde a iniciativa privada da economia paulista até a estabilidade de um cargo público em uma pequena cidade, passando pela hipótese de permanecer na boa e velha Juiz de Fora...todas me atraem. Muitos caminhos, mapas, ventos e fumaças tentam me desviar ou direcionar para o propósito da minha vida.

Entre tantas sombras, a maior e reluzente convicção se fixa, dissipando toda escuridão: Deus há de cumprir o propósito que determinou para minha simples, vaidosa, acomodada e sedenta vida. E, apesar de mim, SEI que há de cumpri-lo.

Realmente, não conheço os detalhes de meu futuro, o que me deixaria inseguro se não fosse a crescente certeza e convicção (também chamadas de “fé”) de que meu futuro está guardado e determinado e é bom, perfeito e agradável.

Não terei utilidade nenhuma, por mais gloriosas que sejam minhas realizações, se eu não for ao encontro do futuro, que já começou e me foi proposto nesse Reino. Como conhecê-lo? Vou seguindo...buscando, pois ouço cada vez mais a voz dAquele que o determinou e é o maior interessado em me revelá-lo.

Thiago Barbosa Nunes

Deus, leva-nos onde podemos ouvir tua voz!

5 comentários:

ABU - Aliança Bíblica Universitária disse...

Às vezes parece que nós somos meras peças de xadrez de um gigante tabuleiro. Fico feliz que você já tenha se dado conta que Deus tem cumprido os propósitos dele em sua vida. Tenho certeza que o melhor virá com o tempo. Firme-se nEle que você vai longe, cara!

Sobre a busca dos seus propósitos? C.S Lewis falou uma vez que o futuro é algo que todos nós atingimos à velocidade de sessenta minutos por hora. Viva cada momento na esperança que tudo está nas mãos unicamente ... dEle!

João Lyrio disse...

"(Eclesiastes 11)

Lançar o meu pão sobre as águas ignotas
para ser tomado pelo bico das gaivotas?
Lançar o meu pão sobre as águas revoltas
onde serão apenas minúsculas migalhas soltas?
Lançar o meu pão sobre as águas imundas
de onde baixarão para as trevas profundas?
Lançar o meu pão sobre as águas imensas
que o conduzirão para distâncias densas?
Nada sei sobre o destino das águas
porque não sei como as ondas se formam
como não sei onde os ventos se reformam
como não sei o que as nuvens portam
como não sei porque as trevas assim se comportam.
Sei que vou recolher o meu pão lançado
mesmo que pelas gaivotas bicado,
mesmo que pelas pedras esmigalhado,
mesmo que pelo óleo manchado,
mesmo que da viagem cansado,
porque confio na Palavra plena de Deus
que me manda meu pão sobre as águas lançar,
eis que Seus projetos são melhores que os meus,
pelo que Sua sabedoria quero tão somente alcançar."
ISRAEL BELO DE AZEVEDO

Carolina Lima disse...

Thiago, não li ainda seu blog, mas com certeza acho louvável sua atitude de escrever e expressar o seus sentimentos através da palavra. Vc sabe que sou fã de um blog (afinal, tenho 3!!rsrs!) e pode estar certo que quero sempre ler e respercutir o que vc está falando no seu blog no meu. Por hoje quero te dizer que o nosso Deus é FENOMENAL!!!! MARAVILHOSO!! GRANDIOSO!! Demais!!! O agir dele na minha vida "não tem preço"! Creio que ele também está na sua vida guiando seus passos, pois ele é fiel!!!! Bjus!!!

Manu disse...

Oi, Thiagão!

Seu post me causou muitas sensações diferentes ao mesmo tempo... Dá uma olhada no seu email do hotmail.
Bjux, moço!

Thiago Barbosa Nunes disse...

Na verdade, eu subistituí a expressao vontade de Deus por propósito da minha vida, já que a vontade dEle é a norma de funcionalidade do universo e nada tem utilidade fora dela.